Fui concebida em Palmeirais-PI, mas nasci em Teresina, capital. Meu pai nasceu em São Francisco do Maranhão e minha mãe em Amarante -PI. Meu avô paterno era de Angical e minha avó de Palmeirais. Meus avós maternos eram de Amarante.
Vivi em Palmeirais até os 9 anos de idade e em Teresina, minha terra natal, desde essa idade até hoje, passando períodos em outras cidades do interior do Piauí, onde residia por algum tempo no exercício da minha profissão, entre elas Parnaíba onde morei durante 9 anos.
Parnaíba -PI |
De onde sou? Talvez não seja de nenhum desses lugares citados, talvez seja de todos eles ... Por pura pretensão prefiro ser uma cidadã do mundo, um ente humano do planeta Terra, do Sistema Solar, da galáxia Via Láctea, uma filha do Universo.
De onde eu vim, para onde vou, o que estou fazendo aqui? Perguntas que me faço desde que deixei de ser criança, ainda pré adolescente, por volta dos onze anos de idade, quando tive minha primeira crise existencial. Desde então tenho procurado estas respostas e até agora somente encontrei a resposta da terceira indagação: sim, estou aqui para evoluir e como disse o filósofo grego, de tudo que aprendi até hoje " só sei que nada sei ".
Quando me perguntam de onde sou respondo que sou teresinense com raízes familiares em Palmeirais, Amarante e Angical do Piauí.
Da minha infância em Palmeirais - onde fui feliz graças à formação e amor da minha família, tanto do lado materno, como paterno - lembro de alguns fatos e personagens. Lembro da Gregória, a louca da cidade, que às vezes passava na nossa casa pedindo algo para comer; lembro dos picnics promovidos pela minha mãe no riacho Corrente, onde havia uma bela cachoeira; lembro também dos banhos no riacho Cadoz e nas "coroas " do Rio Parnaíba (banco de areia formados no meio do rio no período de seca, como uma praia fluvial), que banha a cidade de Palmeirais.
Lembro do bairro Pedra da Luz, bonito nome dado ao bairro cuja origem não sei dizer; lembro, ainda, com saudades, do coreto da Praça Mal. Deodoro da Fonseca, o coração da cidade, onde nossa casa era situada e retratada na foto acima.
Lembro do Colégio Rio Grande do Norte, onde aprendi as primeiras letras, dirigido por minha mãe por um período, que também lecionava nessa escola; lembro do Dr. Laurino e do Dr. Jeremias, únicos dentista e médico da cidade naquela época; lembro também da professora Antônia Bonfim, que me alfabetizou.
Lembro da minha mãe ensinando francês no colégio ginasial de Palmeirais (se não me engano tinha o nome de Escola Ginasial Avelino Lopes). Ela ensinava aos seus alunos o hino da França, " la Marseillaise " e eu, ainda criança, gostava de vê-la do lado de fora , recostada no parapeito da janela do prédio dessa escola que ficava bem próxima da nossa casa, tão jovem e linda ensinando aos seus alunos ginasianos este idioma.
Lembro da Dona Jesus, proprietária de uma " pensão familiar " ( pequena pousada ), cujos olhos fundos e cheios de melancolia me recordo até hoje; lembro da venda do "seu" Zezé e do bazar do "seu" Joãozinho, ambos situados na praça Mal. Deodoro.
Lembro do Marcolino que trabalhava na farmácia de um tio meu, situada na esquina da casa da nossa família; lembro da Dorinha, a locutora da " amplificadora " ( alto falante instalado na praça principal, cujo estúdio ficava em uma sala no prédio da prefeitural municipa) e das pessoas passeando à noite na praça central, ouvindo as músicas que ela selecionava com tanto esmero: " a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores do mesmo jardim ... "
Lembro, por fim, da última vez que fui a Palmeirais, há aproximadamente sete anos. Não sei o motivo pelo qual fiquei triste naquela ocasião, quando estive na cidade das minhas raízes familiares e onde passei parte da minha infância. Até agora aquele sentimento de suave melancolia me acompanha quando me recordo dessa visita a Palmeirais e por isso não senti mais vontade de retornar. E desde então sempre lembro do povo de Palmeirais nas minhas orações diárias, oro por ele.
Sei que um dia retornarei. Sei que terei de tomar posse de uma parte de mim que ficou em Palmeirais desde aquela última visita. Sei que tenho de resgatar memórias afetivas e esse resgate significa uma vontade de fazer valer sonhos e projetos de minha mãe e do meu pai.
Há uma parte do livro "Bagavhadi-Gita", onde está transcrito o diálogo do guerreiro Arjuna quando este pede aconselhamento a Krihsna, que descreve bem este meu sentimento. Deixo para os leitores pesquisarem sobre isso e descobrirem o seu significado, só adiantando que referido diálogo trata de forma alegórica/metafórica do crescimento da alma do ser humano e da nossa evolução espiritual.
De onde eu vim, para onde vou, o que estou fazendo aqui? Perguntas que me faço desde que deixei de ser criança, ainda pré adolescente, por volta dos onze anos de idade, quando tive minha primeira crise existencial. Desde então tenho procurado estas respostas e até agora somente encontrei a resposta da terceira indagação: sim, estou aqui para evoluir e como disse o filósofo grego, de tudo que aprendi até hoje " só sei que nada sei ".
Quando me perguntam de onde sou respondo que sou teresinense com raízes familiares em Palmeirais, Amarante e Angical do Piauí.
Da minha infância em Palmeirais - onde fui feliz graças à formação e amor da minha família, tanto do lado materno, como paterno - lembro de alguns fatos e personagens. Lembro da Gregória, a louca da cidade, que às vezes passava na nossa casa pedindo algo para comer; lembro dos picnics promovidos pela minha mãe no riacho Corrente, onde havia uma bela cachoeira; lembro também dos banhos no riacho Cadoz e nas "coroas " do Rio Parnaíba (banco de areia formados no meio do rio no período de seca, como uma praia fluvial), que banha a cidade de Palmeirais.
Lembro do bairro Pedra da Luz, bonito nome dado ao bairro cuja origem não sei dizer; lembro, ainda, com saudades, do coreto da Praça Mal. Deodoro da Fonseca, o coração da cidade, onde nossa casa era situada e retratada na foto acima.
Lembro do Colégio Rio Grande do Norte, onde aprendi as primeiras letras, dirigido por minha mãe por um período, que também lecionava nessa escola; lembro do Dr. Laurino e do Dr. Jeremias, únicos dentista e médico da cidade naquela época; lembro também da professora Antônia Bonfim, que me alfabetizou.
Lembro da minha mãe ensinando francês no colégio ginasial de Palmeirais (se não me engano tinha o nome de Escola Ginasial Avelino Lopes). Ela ensinava aos seus alunos o hino da França, " la Marseillaise " e eu, ainda criança, gostava de vê-la do lado de fora , recostada no parapeito da janela do prédio dessa escola que ficava bem próxima da nossa casa, tão jovem e linda ensinando aos seus alunos ginasianos este idioma.
Lembro da Dona Jesus, proprietária de uma " pensão familiar " ( pequena pousada ), cujos olhos fundos e cheios de melancolia me recordo até hoje; lembro da venda do "seu" Zezé e do bazar do "seu" Joãozinho, ambos situados na praça Mal. Deodoro.
Lembro do Marcolino que trabalhava na farmácia de um tio meu, situada na esquina da casa da nossa família; lembro da Dorinha, a locutora da " amplificadora " ( alto falante instalado na praça principal, cujo estúdio ficava em uma sala no prédio da prefeitural municipa) e das pessoas passeando à noite na praça central, ouvindo as músicas que ela selecionava com tanto esmero: " a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores do mesmo jardim ... "
Lembro, por fim, da última vez que fui a Palmeirais, há aproximadamente sete anos. Não sei o motivo pelo qual fiquei triste naquela ocasião, quando estive na cidade das minhas raízes familiares e onde passei parte da minha infância. Até agora aquele sentimento de suave melancolia me acompanha quando me recordo dessa visita a Palmeirais e por isso não senti mais vontade de retornar. E desde então sempre lembro do povo de Palmeirais nas minhas orações diárias, oro por ele.
Sei que um dia retornarei. Sei que terei de tomar posse de uma parte de mim que ficou em Palmeirais desde aquela última visita. Sei que tenho de resgatar memórias afetivas e esse resgate significa uma vontade de fazer valer sonhos e projetos de minha mãe e do meu pai.
Há uma parte do livro "Bagavhadi-Gita", onde está transcrito o diálogo do guerreiro Arjuna quando este pede aconselhamento a Krihsna, que descreve bem este meu sentimento. Deixo para os leitores pesquisarem sobre isso e descobrirem o seu significado, só adiantando que referido diálogo trata de forma alegórica/metafórica do crescimento da alma do ser humano e da nossa evolução espiritual.
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