domingo, 25 de janeiro de 2015

A história de um livro de Teosofia


Hoje  é um  desses  domingos , como tantos  outros,  que prefiro  ficar em casa lendo  algum livro,  vendo  algum filme  ou  mesmo  sem fazer  nada, só matutando ou pesquisando na internet.  Será isso o que  chamam ócio  criativo ou proativo?  Ou ócio passivo? Não sei a  resposta... Só sei  que isso me  faz  bem. Bom ,  então  resolvi  procurar  um livro para  ler e escolhi um livreto  de pouco mais de 125 páginas, para  reler pela " trocentésima " vez  , de  autoria do Ricardo Lindemann  e Pedro  Oliveira  ,  " A Tradição Sabedoria, Uma Introdução  à  Filosofia Esotérica "  .

 


Este livro  tem uma  história. Ele me  foi  dado pelo  autor , Ricardo Lindemann ,  quando  esteve  aqui em Teresina , no ano de 1996 , para  ministrar  um curso de  Teosofia . Nessa  época  eu  estava iniciando  meus  estudos  teosóficos  e  participei do curso de  três  dias . Pois  bem, terminado o curso  iniciei a  leitura do livro. Li a  metade  em uma  noite ( tenho leitura  dinâmica ) e deixei para  terminar  no dia  seguinte. No outro dia quando procurei o livro para  continuar a  leitura  ( deixado  em cima do sofá  cama, no quarto de  estudos )  ,  verifiquei que  estava encharcado de  xixi  de  gato. Sim,  meu  gatinho persa - que se  chamava  Theo  e  que  tinha  uma  companheira , outra  gatinha  também persa e   branquinha , chamada  Sophia -  havia  andado por  ali e  resolveu  marcar território  em cima do  meu livro .  Bahhh... fiquei  bem  chateada  com o bichano! Dei uma  bronca  nele , mas  o gatinho  nem  se  tocou, apenas  olhou para  mim  com  aquele olhar  felino de  pouca importância  ao  que  ouviu .
 
Theo

Sophia

Peguei  o livro, passei  nele um pano úmido  com solução de água , água , vinagre, desinfetante e água sanitária. Passei ainda , álcool gel, perfume spray, desodorante, mas  nada  de  tirar o  cheiro  terrível de urina de  gato no cio .  Não teve  jeito, tive de  abandonar a  leitura , mas  fiquei sem  coragem  de  jogar o livro  fora. Coloquei-o  dentro de  uma   bolsinha de  plástico, hermeticamente  fechada para  não  espalhar o odor nos  arredores   e  guardei  dentro da  estante.  Isso  foi em  1996 . Passados  alguns  anos,  mais de   dez  anos para  ser mais  precisa,  encontrei o livreto  na  mesma  estante, dentro da  bolsinha. Retirei-o  da bolsa  e para  minha  surpresa  não mais estava  com  mau cheiro, apenas com manchas na capa e nas primeiras folhas . Dei um novo  trato nele,  limpei  as  folhas manchadas, uma por uma ,  novamente  com  algodão  embebido  em álcool e  depois  com  perfume spray e ficou bom. Revesti a capa  com plástico adesivo transparente  e adesivei com o mesmo plástico a folha  da  dedicatória, pois estas páginas  eram as  que apresentavam manchas amareladas. Pronto,  já poderia  continuar a  leitura  iniciada  há  mais de  dez  anos. Na verdade  reiniciei   a leitura  desde o começo  do livro e   num fôlego li as  126  páginas .

E o gatinho Theo e  sua  companheira Sophia? Ambos  já  não  estão  mais  aqui , morreram de  forma  trágica e  foram  enterrados  na mesma  cova, no cemitério  de  animais do Hospital Veterinário da UFPI . Agora  temos  outra  gatinha  persa  cor de mel. Quando Theo e  Sophia  morreram  decidimos  adotar  outro  bichano da  mesma  raça . E hoje , relendo mais uma vez  o livro de Theosophia ,  relembrei  com  saudades  do gatinho Theo e  sua  companheira  Sophia, os quais  foram tema  de  outra  postagem  do  blog Arte Imita Vida , " Theo e Sophia " .


*Este  texto  também  está  publicado no  blog ARTE IMITA VIDA

 

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